quinta-feira, 2 de junho de 2011

*O Doce Gosto do Aprendizado *


Fotografia! Nunca mais conseguirei olhar qualquer que seja com os mesmos olhos. Comecei as aulas de fotojornalismo com a ideia de que seria uma das disciplinas mais agradáveis que teríamos em nosso currículo, mas logo descobri que, além de agradável, ela seria uma das mais difíceis, pelo menos para mim. A professora tem o talento de nos prender com a fascinação que ela demonstrava em cada aula, em cada princípio ensinado, porém, quando partíamos para a parte prática, eu me via perdida, confusa, repassava em minha mente o que havia sido exposto por diversas vezes. Esses momentos tinham o poder de me fazer ficar triste, quando a foto não ficava do jeito que eu queria, ou muito alegre e surpresa quando alguém dizia o quanto legal a foto ficou.

Depois de um tempo, percebi a importância da parte prática, era uma forma de confirmar ou não o aprendizado, e que aprendizado! Hoje, me pego analisando as fotos, imagens em geral, pensando no enquadramento e foco usados, nas possíveis molduras, se há regra dos terços... Os princípios ficaram tão marcados em nossa mente que estávamos reunidos em meu aniversário, tirando fotos, quando uma gritou que tal foto ficou com uma moldura. Agora vejo que as aulas, teóricas e práticas, me proporcionaram grande aprendizagem, talvez não tenha sido o ideal, mas sem dúvida não sou mais a mesma, não mais penso nas fotos apenas como, belas como forma de arte, como uma atividade prazerosa, mas também como uma técnica, como algo que pode suscitar inúmeras discussões, como as vistas nos seminários.


 As aulas de fotojornalismo tiveram o poder de revelar que posso ser capaz de algumas coisas que até então eu não sabia. Fotografar não era uma das minhas preocupações, era apenas um passatempo feito de “século em século”, nunca pensei que conseguiria manter um blog, ainda mais contando minhas experiências, ou que veria a fotografia com tamanha importância como vejo agora. Com o poder de recordar, trazer para perto pessoas tão distantes, poder de transmitir uma informação importante para o público. Só depois das aulas pude medir a importância do fotojornalismo para a comunicação, o que, sem dúvida, é imprescindível para futuros jornalistas, que não podem ficar preocupadas apenas com a estética da foto, mas acima de tudo com a mensagem que ela pode transmitir.

Consigo perceber que houve um crescimento, quando comparo as primeiras fotos com as mais recentes, vejo mais ousadia, mais esforço para acertar, e mais incrível, elas realmente estão certas, podem não estar bonitas artisticamente falando, mas sei que através delas pude passar os conteúdos que aprendi. O fato de termos que dividir a máquina fotográfica, de certa forma, nos atrapalhou um pouco. A pressa para estar de volta na sala no momento marcado, pressa em fazer a foto para poder passar a vez para o colega. Contudo, isso também foi decisivo para meu crescimento, ter o auxílio do colega, compartilhar a aprendizagem, fez com que aprender ficasse muitooooooooooooo mais prazeroso.


domingo, 29 de maio de 2011

Movimento, Textura, Fusão e Padrão


A aula do dia 25 de maio foi destinada a vermos os últimos princípios de composição que a professora queria nos passar: movimento (foto borrada), textura, fusão e padrão.  Quando utilizamos o Shuter em 15, 8, 4, 2,1 a cortina continua aberta, fazendo com que a luz entre, o que faz a imagem sair borrada, já que os objetos se movimentam e não são fixadas congeladas. A textura poderia ser explicada como sendo rugosidades, volumes, reentrâncias, ou seja, tudo que transcende a bidimensionalidade com o apoio da luz. O padrão seria aquilo que se repete, pelo formato, pelas cores, pela estrutura. Já a fusão acontece quando duas imagens se sobrepõem. Esse tipo de composição não obedece aos limites entre os objetos em cena e a iluminação não proporciona a profundidade dos objetos. Acabam respeitando apenas a altura e a largura, fundindo-se uns nos outros.

A professora também falou sobre a composição e o fundo do tema, apontando a necessidade de eliminar o desnecessário. No momento de fazer a foto é preciso limpar a cena para que a mensagem seja mais eficiente e rápida. Quando não eliminamos o desnecessário, corremos o risco de criarmos uma cena confusa.

Como de costume, depois da teoria, a professora nos passou alguns exercícios práticos. Teríamos que compor três fotos de acordo ao que aprendemos sobre o movimento. Sendo que para isso usaríamos o ISO em 100, e o Shuter abaixo de 15 avos de segundos.  Uma foto com textura, um objeto rugoso, outra pensando no padrão, e, por fim, uma que trouxesse uma fusão. Para não perder o costume, contei com a ajuda das coleguinhas (Mari, Michele e Fabiana), elas foram minhas modelos.

MOVIMENTO 

 Shuter 13


Shuter 6


Shuter 3


TEXTURA


F: 4
ISO: 200
Shuter: 25

FUSÃO

 
PADRÃO

ISO: 200

sábado, 21 de maio de 2011

Dando Sentido a Imagem


Na última aula, discutimos sobre a denotação a conotação na imagem. Para discutir esses conceitos faz-se necessário fazermos menção de outros dois termos, significado e significante. O significante é uma parte perceptível, formada por sons e imagem, seria o plano da expressão. Já o significado ou plano do conteúdo, é a parte inteligível, o conceito. Então, a denotação nada mais é que a decorrência da união entre o significante e o significado, ou seja, entre o plano da expressão e o plano do conteúdo. A conotação por sua vez, seria o resultado do acréscimo de outros significados equivalentes ao significado de base da palavra. Por exemplo, quando ouvimos a palavra casa podemos pensar na imagem de uma construção (sentido denotativo), ou em lar (sentido conotativo).

É importante frisar que o sentido conotativo, reveste-se de impressões, valores afetivos e sociais, sejam eles negativos ou positivos, por isso, vai diferir dependendo da cultura, da classe e da época. Quando o que estamos observando é uma imagem, o sentido conotativo estará no significado subjetivo da cena. Examinamos e interpretamos o significado da cena observada. A imagem pode nos proporcionar a leitura sob duas feições. A estrutural, que vai responder pela capacidade de denotação da imagem; e a intelectual, que responderá pela habilidade de conotação da imagem.

Após a parte teórica, fomos pôr em prática o que aprendemos. A professora nos pediu que fizéssemos a composição de um quadro fotográfico que expressasse alguma emoção. Teríamos que assinalar o sentido conotativo da composição, sem deixar de lado os princípios já aprendidos em outras aulas (foco, enquadramento, moldura, regra dos terços, legenda etc), abertura e tempo/velocidade, mas dessa vez ficamos à vontade para escolhermos quais usar.

Saímos em grupo. Para compor minha foto, pedi a ajuda da colega Thaise. Pensei em um dos lugares da faculdade que tem o poder de suscitar em nós alunos um misto de emoções, a Xerox. É lá que nós nos angustiamos e nos desesperamos em meio a tanto material para copiar, principalmente alunos como Thaise que pagam passagem todos os dias para chegar à faculdade; aliviamos-nos quando não precisamos comprar determinado livro, já que o professor fez o favor de disponibilizá-lo para tirarmos a xerox.; enfim, é um lugar que tem um certo poder sobre nós. Para fazer a foto, usei moldura (o que parece uma janela por onde pedimos o material a ser copiado), enquadramento em plano médio, e tentei centralizar a colega o máximo possível, já que ela era meu elemento principal. A abertura (F) foi 8.0, o Shuter 125 e o ISO 400.
Alunos ficam angustiados com o número de material que têm que copiar, não só pela quantidade de leitura, mas também pelos gastos.


quarta-feira, 18 de maio de 2011

O Enquadramento e seus Planos


Dentre os princípios aprendidos em sala de aula, está o enquadramento.  Para chegar à compreensão do enquadramento faz-se necessário pensar em alguns passos que fazem referência não só a fotografia, mas também à pintura e ao cinema.  O pintor introduz o externo na tela; o fotógrafo subtrai do externo o que entra no quadro; o corte, que é um breve histórico do corte na pintura e no cinema; o corte é planejado de acordo aquilo que se precisa evidenciar, os planos.

Os planos podem ser abertos, médios ou fechados. Planos abertos são Grande Plano Geral (GPG) e Plano Geral (PG) que apontam grandes cenários. Esses planos são geralmente usados para paisagens. No GPG a figura humana não costuma aparecer, mas se aparece é pequeno diante da paisagem. No PG, caso não apareça a figura humana, faz uma descrição do ambiente. Se a figura humana estiver presente, esta tem que estar frente ao cenário.

Os Planos Médios podem ser Plano Conjunto (PC), que é um recorte que situa pessoas em um ambiente até 4 pessoas em destaque. Plano Americano (PA), quando uma pessoa está em destaque, pegando até o joelho. Plano Médio (PM), duas pessoas no limite da altura da cintura. Esse enquadramento é usado nos telejornais. Já os Planos Fechados podem ser Primeiro Plano (PP), altura do peito, aproximação do objeto, destacando o rosto.  Primeiríssimo Plano ou CLOSE-UP, que é quando destacamos as expressões, emoções. E por fim o Plano Detalhe (PD), que dá destaque a algo pequeno como, por exemplo, somente os olhos, somente a boca.

Como de costume, depois de vermos a teoria, a professora nos orientou a pormos mais esse princípio em prática. Para tanto, dividiu a sala em trios para sairmos e produzirmos uma foto utilizando cada um dos planos aprendidos. Saímos Sheila, Thaise e eu. Para os planos GPG, PG e PC aproveitamos a paisagem da feira de roupas proporcionada pela vista do Mercado Municipal de Cachoeira. Para as demais fotos, nós mesmas posamos.
Grande Plano Geral

Plano Geral


Plano Conjunto

           
Plano Médio

Plano Americano
Primeiro Plano
Primeiríssimo Plano ou CLOSE-UP
Plano Detalhe

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Destacando Elementos


Em mais um dia de aprendizado, a professora nos ensinou acerca da hierarquia dos elementos. É importante termos em mente que, numa imagem, há possibilidades da presença de variados elementos, e esses elementos podem ser vivos, móveis os fixos. Os elementos vivos podem ser seres humanos, animais e plantas em destaque. Os móveis veículos, efeitos da natureza que dão ideia de vida própria ou mobilidade. Já os elementos fixos ou mortos, não apresentam tal mobilidade. Ressalte-se que esses elementos chamarão a atenção em determinada imagem, mesmo se não estiverem em centralizados.

 Ainda nessa aula, vimos a definição e aplicação de legendas. Legenda pode ser definida como o texto ou frase que é posto ao lado ou abaixo de uma fotografia, com a intenção de prover a imagem com informações complementares. Essas informações são fundamentais para um bom entendimento da imagem. Por isso que ela não pode ser mera redundância, descrição do que se está estampado, mas sim uma explicação, uma informação para aqueles que a contemple. Um ponto muito importante para nós, futuros jornalistas, que temos como dever maior, a obrigação de informar.

Depois de discutirmos a teoria, a professora nos orientou para mais uma tarefa. Dessa vez, faríamos três fotos. Em cada uma destacaríamos um elemento: um vivo, um móvel e um fixo, e postaríamos nessa ordem. Também teríamos que usar a regra dos terços e plano conjunto. Por fim, faríamos legendas explicativas. Optei por elementos que estivessem no espaço da faculdade, pessoa (elemento vivo), bicicleta (móvel) e o elevador (fixo).


Coordenadora Geral da Chapa Comunicação Integrada, Jéssica da Silva, se diz otimista com a apuração das eleições do CAJ.







Alunos do CAHL usam bicicleta como transporte alternativo, principalmente aqueles que moram em São Félix.

Mesmo com sua visível importância para alunos com deficiência, elevador no CAHL serve apenas como adorno.

sábado, 7 de maio de 2011

Fotos com Legenda


Nessa semana a professora não trouxe novo princípio fotográfico. Orientou-nos que fizéssemos duas fotos de um mesmo objeto. Uma utilizando enquadramento em Plano Conjunto e Regra dos Terços e a outra teria que ser em Primeiro Plano, Centralizada. A única novidade era que tínhamos que postar essas fotos com legendas. 

Votação para reitor mobiliza os alunos do CAHL.




Diferente de algumas universidades, na UFRB os votos dos estudantes  têm peso de 33, 3%.


sexta-feira, 29 de abril de 2011

Pondo alguns Princípios em Prática


Para essa semana, a professora resolveu fazer uma espécie de revisão. Dessa vez, iríamos sair com a missão de compor duas fotos usando quatro dos princípios aprendidos em sala de aula. Antes disso, ela nos pediu que escolhêssemos quais princípios usaríamos em cada foto, sendo que era obrigado usarmos a regra dos terços em ambas, e anotássemos em pedaço de papel que ela nos deu. Depois de quebrar a cabeça para pensar na possibilidade de fazer essas fotos com o que estava passando em minha cabeça, e, diga-se de passagem, que eu estava, para variar, confusa. A professora nos surpreendeu, não iríamos fazer as fotos em cima do que rascunhamos, ela nos entregou as descrições de um colega. Como de costume, saímos em trios para realizar a atividade. Lá fomos Mari, Michele e eu.








No papel que eu peguei descrevia a primeira foto da seguinte maneira: Utilizar regra dos terços, moldura, primeiro plano (provavelmente, isso queria dizer enquadramento em primeiríssimo plano) e foco geral. Então, decidi usar a aniversariante do dia, Marizangela, como minha modelo. Aproveitando um ônibus que estava aberto, pedi que Mari entrasse nele e se posicionasse na janela, ela seria minha moldura, de forma que deixasse só até o busto à mostra.  


Na descrição da segunda foto, continha os seguintes dados: Regra dos terços, perspectiva lateral, iluminação contra luz e plano detalhe. Dessa vez decidi usar um objeto como modelo, o relógio de Michele. A iluminação ficou por conta de uma das lâmpadas do banheiro.

Alternando Abertura e Tempo/Velocidade

 
Eu estava me sentindo, achando que tinha me livrado de pelo menos uma das muitas tarefas da universidade, quando a professora Alene avisou que quem tinha faltado a aula do dia 20, teria que fazer a atividade proposta naquele dia. É assim mesmo, alegria de pobre dura pouca. Mas pensando melhor, bem que todas as atividades poderiam ser tão prazerosas quanto as que ela nos manda fazer. A tarefa era fazermos quatro fotos, duas alterando a abertura, e duas alterando o tempo/velocidade. 

 
Para trabalhar com a abertura, usei a igreja Ordem Terceira do Carmo como modelo. Tínhamos que fazer duas fotos do mesmo objeto, sendo que para mostrar essa mudança de abertura, usaríamos o mesmo ISO e o mesmo SHUTER, modificando entre elas apenas o F (abertura). Na primeira foto, usei ISO 200, SHUTER 250 e F 8.0. Já na segunda, alternei apenas o F, utilizando 5.0.

Depois disso, lá fui eu fotografar a praça do Jardim Faqui para mostrar a alternância de tempo/velocidade. Como fazer isso? Nesse caso, a mudança ficaria por conta do SHUTER. A primeira foto foi feita usando F 8.0, ISO 200 e SHUTER 320. Para a segunda optei pelo SHUTER 80, lembrando que a abertura e o ISO foram os mesmos da primeira foto.

 
 



sábado, 16 de abril de 2011

Trabalhando com Moldura e Geometria


Em mais uma de nossas empreitadas rumo ao conhecimento sobre fotografia, fomos incumbidos de fazer fotos pensando em sua composição. O uso de moldura é uma forma de compor uma fotografia, para isso, é necessário buscar na composição objetos ou personagens que possam ser usados como moldura. A moldura tanto pode ser o centro da foto, quanto um artifício de composição. Um exemplo de artifício para construir uma moldura, é o ambiente escuro. Ao avistar um senhor na janela de seu carro, pensei ser essa a composição ideal: o senhor como o centro da foto, e a janela do carro a moldura ( objeto secundário).


                                                                                     


Também nos foi pedido que fizéssemos uma foto que enfatizasse a geometria do ambiente, usando o plano aberto. Elementos da natureza ou artificiais, que tenham formas geométricas marcantes, necessitam ser compostos no quadro para que haja harmonia. A geometria permite que objetos grandes, perto de objetos pequenos, transmitam harmonia e não destoem tanto um do outro. Para fazer essa foto, decidi usar a cidade de São Félix como modelo. Do Porto de Cachoeira fotografei a cidade, de forma que evidenciasse o formato de pirâmide que as casas conseguem compor, e de maneira que todas elas ficassem harmônicas.




sábado, 2 de abril de 2011

Brincando com as Perspectivas


“Onde está o coreto?
Saudades do vento... Saudades de ti...
Saudades do tempo, solfejo em mim
No assimilar da partitura
Procuro no tempo
O que feito, assim
Sol, água, momento
No vôo que levanto
Correm sons aqui...
Miragem, olfacto, tacto, palato
“Corpos em cascata, ondulando o festim.”




Hoje em dia, não vemos mais casais enamorados no alto de um coreto, mas ele já foi um símbolo ligado ao romantismo. Não havia melhor lugar para uma bela declaração de amor, principalmente quando era acompanhada de uma bela música, por isso, como a eterna romântica que sou, decidi fotografar esse símbolo que é capaz de suscitar em muitas pessoas um saudosismo, até mesmo de coisas que nunca viveram.  Para realizar esse intento, segui as orientações da professora. Usei o ISO no 200, e alternei o Shuter em 125 e 250. Pensei que poderia variar a abertura (F), mas quando tirei as fotos o sol estava muito intenso, então fui obrigada a usar o máximo que a câmera podia me proporcionar, 8.0. 










 Quanto à perspectiva, dependendo da posição em que eu me posicionava, realçava ou não alguns detalhes do coreto. Obviamente, as fotos de frente, dão uma visão mais geral do objeto, mas também tentei focar partes específicas, então me posicionei mais na lateral e bem mais próxima dele. Ainda não tenho a capacidade para fotografar de maneira que deixe minha posição incerta, e as mudanças de perspectivas visíveis, contudo foi uma ótima experiência.